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Aécio promete reduzir ministérios e cortar 30% dos cargos comissionados

Em sabatina, candidato do PSDB à Presidência defendeu ainda o mandato de cinco anos sem reeleição

postado em 04/08/2014 16:04

Em sabatina, candidato do PSDB à Presidência defendeu ainda o mandato de cinco anos sem reeleição
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves (MG) disse nesta segunda-feira (04/08) que, se eleito, promoverá uma grande reforma ministerial, reduzindo o número de pastas - atualmente, 39. Citando um estudo da Universidade de Cornell, dos Estados Unidos, o mineiro disse que 22 ou 23 ministérios é o número "adequado".

Aécio citou como exemplo de pasta eliminável o Ministério da Pesca, que "não se justifica de forma nenhuma". Apesar das baixas nos ministérios, o tucano vê como imprescindível a criação do Ministério da Infraestrutura. Para ele, a pasta "precisa ser algo que planeje, tenha interlocução com o setor privado", promovendo ações estratégicas para o país, como investimentos em rodovias, ferrovias, energia. Aécio aproveitou para atacar o governo e o PT, que há algum tempo "demonizaram" parcerias com o setor privado e hoje "se curvam a elas com atraso enorme."

O tucano disse também defender o fim da reeleição, com a fixação de mandatos de cinco anos. Ele reafirmou ainda a intenção de apresentar logo nos primeiros dias do mandato uma proposta de simplificação do sistema tributário "porque nós precisamos declarar guerra ao custo Brasil". Todas as declarações foram dadas durante sabatina ao portal G1.

[SAIBAMAIS]Segurança Pública


A proposta de reforma também contempla a criação do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, uma ampliação da pasta já existente hoje, para cuidar de uma "preocupação crescente" da população. Dentro do tema, Aécio defendeu o endurecimento das penas previstas no Código Penal e no Código de Processo Penal, e criticou os cortes de verbas para a área.

"Os fundos, como o fundo penitenciário, não serão contingenciados como neste governo.Vamos promover uma atualização rápida do Código Penal e do Código de Processo Penal, para diminuírmos essa sensação de impunidade que temos hoje. O governo federal vai coordenar uma ação de segurança pública, em especial em relação às fronteiras", prometeu. Por outro lado, a reforma do Código Penal também tentaria promover o aumento das penas de prestação de serviço comunitrário, para aliviar a situação do sistema prisional lotado.

PMDB

Lideranças do PMDB como José Sarney e Renan Calheiros são "todos adversários meus nesta campanha", garantiu Aécio. Mas, caso eleito, aceitará uma eventual aliança com o partido - hoje ligado ao PT - caso os "quadros" peemedebistas deciam apoá-lo. Mais uma vez, o tucano atacou o partido que comanda o Palácio do Planalto. "Da forma como se estabelecerem as relações políticas, sim (é possivel governar sem o PMDB), eu farei isso. Não há mais como manter essa relação mercantilista com o PMDB e outras forças partidárias. Essa talvez seja uma das heranças malditas, perversas, desse governo, que nivelou por baixo as relações politicas", criticou.

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