A oposição espera que o inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar se a presidente da Petrobras, Graça Foster, omitiu do Senado informações sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e a existência de contratos entre a estatal e um grupo do marido dela ajude a aprovar a convocação para novo depoimento ao Congresso. A CPI Mista da Petrobras receberá ainda pedido para ouvir uma contadora do doleiro Alberto Youssef, que mantinha negócios com o ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa.
A investigação da PF foi aberta depois de o Ministério Público Federal (MPF) encaminhar pedido do PSDB referente à conduta de Graça. Segundo a oposição, a empresa do marido dela, Colin Foster, tem 43 contratos com a Petrobras, embora ela tenha negado a existência desses vínculos em depoimento à Comissão de Infraestrutura do Senado em maio.
;(A investigação da PF) é uma providência muito importante. Tudo que denunciamos é passível disso (de Graça ter mentido). O que a PF pode fazer é o confronto entre o que foi dito e os contratos da Petrobras;, diz o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), em referência à investigação da PF, revelada ontem pelo jornal O Estado de S.Paulo. A atuação de Graça à frente da estatal é defendida pela presidente Dilma Rousseff, que disse ser absurda a possibilidade de o Tribunal de Contas da União (TCU) bloquear os bens dela no processo sobre Pasadena.
Integrante da CPI da Petrobras, o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), também quer a convocação da contadora Meire Bomfim Poza. De acordo com a revista Veja, Meire, que trabalhava com Youssef, preso na Operação Lava-Jato, disse que viu ;malas de dinheiro saindo da sede de grandes empreiteiras, sendo embarcadas em aviões e entregues a políticos;.
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