Adriana Bernardes
postado em 13/08/2014 15:41
A rotina da arquiteta e urbanista Camila Rodrigues Martinez, 25 anos, foi abalada de forma trágica e abrupta. Primeiro, ela ouviu um barulho muito forte de turbina de avião. Simultaneamente, o prédio onde ela trabalha tremeu e, segundos depois, ouviu-se o estrondo. "Parecia um terremoto. Saímos do prédio e vimos muita fumaça e uma bola de fogo. Fui até a academia Mahatma. Tinha um rapaz usando o extintor de incêndio para tentar apagar o fogo no prédio. E vi uma mãe com um bebê. Tinha um pouco de sangue neles, mas estavam bem", relata.
[SAIBAMAIS]A arquiteta conta que tremia muito e estava muito assustada. As pessoas em volta andavam de um lado para o outro e também não sabiam bem o que fazer ou que estava acontecendo. Algumas diziam que um helicóptero havia caído. Mas, pelo barulho de turbina, Camila já imaginava tratar-se de um avião de pequeno porte, caso contrário, o estrago seria maior. "Não posso dizer que foi sorte. Mas, pelo menos, não caiu em cima de um prédio que ainda poderia desabar e atingir outras casas. Foi uma tragédia muito perto de nós", lamentou.
Desastre
O candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) morreu, na manhã desta quarta-feira (13/8), após a queda de um jato particular em Santos, no litoral de São Paulo. O ex-governador de Pernambuco havia saído do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para um compromisso no Guarujá (SP). No meio do trajeto, o jato particular caiu próximo ao Canal 3, bairro nobre de Santos, sobre uma academia de ginástica na Rua Vahia de Abreu, no Boqueirão. Além dele, estavam a bordo da aeronave os assessores Pedro Valadares, assessor direto; Carlos Augusto Percol, assessor de imprensa; Marcelo Lira, cinegrafista; e Alexandre Severo, fotógrafo oficial, além dos pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha.