Paulo Silva Pinto
postado em 14/08/2014 06:04
Na campanha para subir a rampa do Planalto, Eduardo Campos buscou, em larga medida, ser identificado com o perfil que o ex-aliado Luiz Inácio Lula da Silva construiu no primeiro mandato presidencial: um político de esquerda, defensor de programas sociais e ao mesmo tempo alinhado com o mercado. A estratégia também era um modo de estabelecer diferenças com a presidente Dilma Rousseff, criticada por ter se distanciado do setor privado, em forte contraste com Lula.
Eduardo vinha falando de coisas que soam como música ao ouvido dos empresários: reduzir a meta de inflação para 3% ao ano até 2019; dar independência ao Banco Central, garantindo mandato de três anos ao presidente da instituição; enviar um projeto de reforma tributária ao Congresso Nacional na primeira semana de governo, com propostas para desonerar exportações e investimentos; e promover acordos comerciais para beneficiar a inserção global de produtos brasileiros.
Aos estudantes, Eduardo prometeu passe livre no transporte público. Diante da crítica quanto aos eventuais custos da medida, ele comparou com a despesa de juros do governo: elevar em meio ponto percentual a Selic, taxa básica do Banco Central (BC) custa aos cofres públicos R$ 14 bilhões por ano, de acordo com as contas dele. Permitir que os jovens viajem de graça sairia mais barato, argumentou.
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