Politica

Marina e Beto Albuquerque confirmam ida ao Recife para caminhada no sábado

Nova chapa presidencial do PSB terá agendas no bairro de Casa Amarela e no Clube Internacional, na companhia de toda a majoritária da Frente Popular

Diário de Pernambuco
postado em 21/08/2014 20:56
O PSB pernambucano confirmou na tarde desta quinta-feira (21), que a nova chapa presidencial do partido, formada por Marina Silva (presidente) e o deputado federal Beto Albuquerque (vice) realizarão seus primeiros compromissos de campanha neste sábado (23) no Recife. A ideia é homenagear o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no último dia 13, em Santos, litoral de São Paulo.

A primeira atividade, às 9h, será uma caminhada pelas ruas do bairro de Casa Amarela, que, além da presença de Marina e Beto Albuquerque, contará com a participação de toda a chapa majoritária da Frente Popular, formada pelo candidato ao governo, Paulo Câmara (PSB), a vice, Raul Henry (PMDB), e ao Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Grande parte dos candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal da Frente Popular também estarão presentes.

No fim da tarde, às 17h, um grande ato está marcado no Clube Internacional do Recife, na Madalena, para o lançamento oficial da chapa, definida na última quarta-feira após reunião em Brasília. Além da homenagem a Eduardo, a agenda em Recife tenta mostrar que o PSB pretende colocar a eleição de Paulo Câmara como uma de suas prioridades para que a sigla não perca ainda mais representatividade.

Turbulência

O evento acontece em meio à turbulenta saída do antigo coordenador-geral de campanha de Eduardo, Carlos Siqueira, do comando da campanha de Marina. Ele anunciou, na quarta-feira (20), a correligionários que estava deixando o posto. De acordo com relatos de integrantes da Rede, entendeu que Marina Silva estava tentando afastá-lo do posto e colocar na direção da campanha pessoas de sua confiança.

"Não continuarei na campanha. Meu compromisso era com o Eduardo Campos", declarou Siqueira ao deixar a sede nacional do PSB, em Brasília. Ele não poupou Marina e disse que ela estava tentando "mandar" no partido, que a recebeu depois que o Rede Sustentabilidade teve seu pedido de registro negado pela Justiça. "Quando se está em uma instituição como hospedeira ela não pode mandar nessa instituição. Marina que vá mandar na Rede dela", emendou.


Perguntado de que forma Marina estaria atuando para assumir o comando da legenda, Siqueira citou as trocas na cúpula da campanha. "Ela nomeou o presidente do comitê financeiro da campanha, uma responsabilidade do partido", disse, referindo-se à indicação de Bazileu Margarido, um dos mais próximos aliados da ex-ministra, para o posto responsável pelas contas da candidatura. "Ela não perguntou ao partido e não agiu de acordo com um partido que está oferecendo a ela as condições que nós oferecemos", concluiu.

Por último, Siqueira disse que a viúva de Campos, Renata, uma das avalizadoras da ascensão de Marina à candidatura presidencial, "não deve estar sabendo o que está se passando no partido". "Se souber, ela é uma mulher que entenderá que não poderemos oferecer uma candidatura a alguém (Marina) que age dessa maneira".

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