postado em 23/08/2014 18:22
A candidata do PSol à Presidência da República, Luciana Genro, defendeu hoje (23/8) a revisão da Lei da Anistia para que os torturadores do regime militar possam ser punidos judicialmente. ;No meu governo, as Forças Armadas terão de pedir desculpas ao povo brasileiro pelo que fizeram durante a ditadura;, declarou.No início da tarde, Luciana Genro visitou o Dopinha, casarão em Porto Alegre que funcionou como centro clandestino de tortura durante a ditadura militar. O local será desapropriado e transformado em centro cultural, batizado de Luiz Eurico Tejera Lisboa ; militante gaúcho preso em 1972 e assassinado pelo regime.
A candidata reivindicou a punição tanto de agentes civis como de militares que torturaram presos políticos no regime militar. Segundo ela, o entendimento de que os torturadores não cometeram erros durante a ditadura é perigoso porque põe o país sob o risco de viver um novo período de exceção. ;Ainda temos, nas Forças Armadas, a cultura de que era legítima a tortura diante da resistência do povo à ditadura.;
Segundo Luciana Genro, a punição aos torturadores do regime militar é importante não apenas para corrigir erros históricos do país como também para evitar que as arbitrariedades cometidas pela polícia em manifestações populares sejam toleradas. ;Queremos que cessem hoje as torturas e a violência que seguem acontecendo;, destacou a presidenciável, que voltou a pedir a desmilitarização da polícia.
A candidata estava acompanhada pelo candidato do PSOL ao governo do Rio Grande do Sul, Roberto Robaina, e de candidatos do partido à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa. Também participaram da visita ao Dopinha ex-presos políticos, como o músico e ativista Raul Ellwanger. Luciana Genro não tem agenda prevista para este domingo (24).