Politica

Após recuo de Marina, Dilma defende criminalização da homofobia

Presidente tenta cooptar eleitorado LGBT, que repudiou mudança no programa da candidata do PSB

postado em 01/09/2014 22:11
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou na noite desta segunda-feira ser favorável à criminalização da homofobia. A declaração foi dada logo após o debate entre os candidatos à Presidência da República. O posicionamento da petista pode ser visto como uma tentativa de avanço no eleitorado LGBT, após o recuo de Marina Silva (PSB) nas propostas voltadas aos gays, lésbicas, travestis e transsexuais.

[SAIBAMAIS]"Eu acho que não se deve mudar a proposta, principalmente quando se referir a direitos", alfinetou, sem mencionar Marina. Dilma classificou a homofobia como "uma ofensa ao Brasil, que sempre foi tolerante com a diferença". A petista lamentou os "grandes índices de violência" que atingem os homossexuais, e foi taxativa: "Não estou discutindo o direito de cada pessoa ter uma posição. O que eu estou dizendo é que se deve criminalizar a homofobia. A homofobia não é algo que a gente pode conviver".

No debate desta segunda, Marina Silva foi colocada na parede pela candidata do Psol, Luciana Genro. A socialista pediu que Marina "escolha lado": "Não se faz nova política fazendo concessões. Não durou 24 horas o seu compromisso com o casamento igualitário e de combate à homofobia", criticou. A candidata do PSB voltou a atribuir o recuo nos posicionamentos das políticas LGBT a "um erro no processo de formulação" do programa de governo. "Nós defendemos os direitos dos seres humanos", completou de forma genérica.

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