Politica

Ex-presidente Lula reúne ministros em ato de apoio a Dilma em São Paulo

Líder petista pediu maior empenho da legenda na campanha pela reeleição de Dilma

postado em 05/09/2014 22:02
O Partido dos Trabalhadores (PT) deu início ontem a uma ofensiva para alavancar a campanha de Dilma Rousseff à Presidência e de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, ambos atrás nas intenções de voto no maior colégio eleitoral do país. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou e liderou uma plenária repleta de ministros do atual governo, onde pediu maior empenho aos petistas. "É uma questão de honra fazer a Dilma ganhar da Marina (Silva, PSB) em São Paulo. Não há nenhuma explicação para ela ter apenas 23% dos votos. E não é possível o Padilha estar atrás do Paulo Skaf (PMDB). Cadê a militância do PT", cobrou Lula.

Lula fez questão de se posicionar contrário a ataques pessoais a Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente em seu governo. Mas não poupou críticas ao programa do PSB. "Não vou ter divergências pessoais com a Marina. Mas estou destrinchando o programa de governo dela. Governar o país não se faz com um clube de amigos. É preciso saber com quem a pessoa está, para quem vai governar e qual será a orientação econômica do país", defendeu Lula, criticando propostas como a autonomia do Banco Central e a revisão das regras do Pré-Sal. "Não sei se a Marina leu o programa que fizeram para ela. Se leu, ela não aprendeu nada nas nossas discussões", disse Lula.

[SAIBAMAIS]

Lula convocou a militância petista para as ruas e cobrou mudanças no programa de rádio e TV de Padilha. "Teu programa tem, nem que seja por um segundo, defender a honra deste partido", cobrou, classificando as eleições atuais como as mais difíceis para o PT desde 1980. Em defesa de Padilha, Lula atacou o tucano Geraldo Alckimin, candidato à reeleição. "São Paulo está pobre não por que privilegiamos o Nordeste, mas por incompetência sequer para pagar o salário dos professores da USP e cuidar da água para as pessoas beberem."

O Diretório Nacional do PT definiu a estratégia de combate à candidatura de Marina Silva focando nas críticas no plano de governo do PSB em vez de ataques pessoais."Não temos nada contra a Marina, mas contra o programa que ela defende e que representam atrasos para o país e para a soberania nacional. Nós não damos cheque em branco para o Banco Itaú", disparou Rui Falcão, presidente nacional do partido. Rui Falcão classificou o programa de Marina de "antipopular e antinacional", além de "ortodoxo no ponto de vista econômico, conservador nos direitos sociais e regressivo no ponto de vista político."

Em 2018

Ao longo da plenária dirigentes do Partido dos Trabalhadores defenderam a volta de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República nas próximas eleições. "O caminho melhor e mais curto para o Lula voltar em 2018 é a Dilma ser eleita", defendeu Emidio de Souza, presidente estadual do PT em São Paulo, provocando aplausos da plateia formada por dirigentes e militantes petistas. "Preparar a volta do Lula em 2018 é uma grande responsabilidade", repetiu o presidente nacional do partido, Rui Falcão. Sentado a poucos metros, Lula evitou esboçar reações.

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