Politica

Nenhum dos principais presidenciáveis tem propostas específicas para defesa

Programas apresentam questões amplas, como modernização da frota e valorização de militares

Paulo de Tarso Lyra
postado em 07/09/2014 08:00
Submarino da Marinha brasileira: 1,5% do PIB gasto com defesa, o que representa R$ 72 bilhões por ano
As Forças Armadas, que hoje comemoram 192 anos da Independência do país, recebem pouco destaque nos programas de governo dos três principais candidatos ao Palácio do Planalto ; Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). As referências ao tema nas plataformas de campanha são genéricas e limitam-se, quase sempre, à modernização da frota e à valorização dos militares como elementos essenciais para a segurança nacional. ;No Brasil, ainda existe a percepção de que as áreas militar e de segurança não dão votos;, declarou o coordenador do curso de relações internacionais das Faculdades Rio Branco, Gunther Rudzit.



No entanto, é uma área que envolve projetos bilionários e não pode ser alvo de desprezo por parte do futuro presidente da República. Quem tomar posse em 1; de janeiro de 2015, seja Dilma reeleita ou algum dos demais candidatos de oposição, terá diante de si uma pasta cujas 10 maiores ações custarão ao governo aproximadamente R$ 115,8 bilhões (veja quadro). Nesse pacote estão, por exemplo, a aquisição dos caças FX-2 da sueca Gripen, orçados em R$ 21,2 bilhões, mas cujo desembolso orçamentário mais robusto só deve acontecer a partir de 2016. Ou a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear, no valor total de R$ 31,1 bilhões.

Gunther acredita que a ausência de ameaças externas concretas para o Brasil explica o fato de a área militar não levantar tanta preocupação de presidenciáveis e dos próprios eleitores. ;As pessoas entendem que existem outras prioridades para gastar o dinheiro público;, completou o especialista no setor.

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