Politica

Políticos citados na delação premiada evitam aparecer no 7 de setembro

Integrantes do governo acusam motivação eleitoral para o vazamento de declarações do ex-diretor

Paulo de Tarso Lyra, Daniela Garcia
postado em 08/09/2014 06:02
O desfile de Sete de Setembro deste ano acabou ofuscado pelas novas denúncias envolvendo a Petrobras, a estatal que, curiosamente, sempre foi utilizada como um símbolo de independência do país. A cerimônia cívico-militar na Esplanada, a última do mandato de Dilma Rousseff, não contou com a presença de nenhum dos supostos delatados por Paulo Roberto Costa. Não compareceram os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) ; chefe do Poder Legislativo ; , e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Outro citado, segundo a revista Veja, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também não foi ao evento.

O Palácio do Planalto, por sua vez, tentou sair da defensiva. Depois do desfile, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou que o vazamento do depoimento do ex-diretor Paulo Roberto da Costa ;é um pouco de desespero para mudar o rumo da campanha;. ;Advogados vazam dados para proteger um e beneficiar outro. Nós não estamos aceitando esse processo como um processo, por enquanto, real;, comentou o ministro. Em coletiva no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff garantiu que não pretende demitir Lobão. ;Você sabe qual é a acusação feita a ele? Ninguém sabe. Não pode ser assim o Brasil;, criticou a presidente.



[SAIBAMAIS]Dilma, que após o desfile na Esplanada reuniu-se com jovens para discutir reforma política, afirmou que não conversou com Lobão após ele ter sido citado por Costa com um dos possíveis beneficiários do esquema de propinas da estatal. ;Ele deu as explicações oficias que eu li na nota (enviada à revista Veja). Ele nega haver qualquer interferência. Mas ele não sabe do que é acusado, porque nem está na matéria;, atacou Dilma.

Ela repetiu que deseja ter acesso às informações para saber como agir. Lembrou que a própria revista Veja disse que o depoimento estava criptografado e guardado em um cofre. Mas deixou implícito que a situação de Lobão no governo não é imutável. ;Eu preciso dos dados que digam respeito ou tenham alguma interferência com o meu governo. Enquanto não me derem os dados oficialmente, eu não tenho como tomar uma providência. Ao ter os dados, tomarei todas as providências, cabíveis, inclusive, se tiver que tomar medidas mais fortes;, completou.

A matéria completa para assinantes está . Para assinar, clique

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação