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Dilma Rousseff confirma saída de Mantega em eventual segundo mandato

Presidente reiterou a saída do atual Ministro da Fazenda Guido Mantega, em caso de reeleição

Durante entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, reafirmou a substituição do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, caso assuma um segundo mandato na Presidência da República. "Guido não tem condições de permanecer no governo por questões pessoais", disse, enquanto era sabatinada no Palácio da Alvorada na tarde desta segunda-feira (8/9). Ela não quis informar quais possíveis nomes podem assumir a pasta. "Não digo quem será, indicar ministro antes da hora dá azar", brincou.

Petrobrás

Sobre os recentes escândalos que agitam o cenário eleitoral, referentes a supostas irregularidades na Petrobrás, Dilma declarou que aguarda dados oficiais sobre o assunto e que cabe às entidades legítimas, como o Ministério Público, a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) fornecerem informações para que o Executivo se posicione sobre o caso. Segundo a presidente, até agora, existem apenas acusações feitas pela imprensa. Ainda sobre o tema, Dilma informou que qualquer irregularidade sofrerá as devidas sanções e reiterou o fato das investigações terem sido feitas em seu governo, que busca a transparência, o fim da impunidade e da corrupção.

Sobre os ataques dos adversários na corrida eleitoral, que falam em "destruição da Petrobrás", a candidata informou que "o valor da Petrobrás não se deve ao fato de algum candidato estar bem ou mal nas eleições, mas no valor de reserva da exploradora, que só faz crescer com as quatro novas áreas do pré-sal: Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi." Segundo a presidente, nos últimos 12 anos os investimentos na maior emprea brasileira subiram de R$ 15,5 bilhões para R$ 111 bilhões.

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asadena

Quando inquirida sobre a compra de Pasadena, Dilma reafirmou que o negócio só foi aprovado porque duas cláusulas fundamentais eram desconhecidas e a compra foi executada após o aval bancário. "O Conselho só aprovou a compra de 50%. O resto não foi sequer analisado, tanto que o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União concordam que o Conselho nada tinha a ver com esse processo", limitou-se a responder.

Marina, Jânio e Collor


Sobre comparar, em sua campanha eleitoral, a candidata Marina Silva aos ex-presidentes Fernando Collor de Mello e Jânio Quadros, Dilma explicou que não se trata de uma comparação de cunho moral, mas de uma possível falta de base política do PSB no Congresso, caso assuma o cargo de presidente." Acho Marina bem intencionada, minha comparação é porquer ambos (Collor e Jânio) governaram sem partido e sem apoio no Congresso", esclareceu.