Eduardo Militão, Paulo de Tarso Lyra, Naira Trindade
postado em 16/09/2014 06:01
A dois dias do depoimento do homem-bomba Paulo Roberto Costa na Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI ) da Petrobras, os três principais candidatos ao Palácio do Planalto ; Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) ; voltaram a mencionar os escândalos que assolam a principal empresa do país. Os dois candidatos de oposição acusaram o governo de destruir a estatal, enquanto Dilma diz que tudo está sendo investigado e nenhum órgão está imune aos malfeitos. Para complicar ainda mais o meio-campo, o líder do MST, Pedro Stédile, prometeu, em evento ao lado do ex-presidente Lula na frente da Petrobras, no Rio, uma onda de invasões de fazendas caso Marina seja eleita.
Enquanto os presidenciáveis se digladiam, oposicionistas e governistas aguardam tensos o depoimento de Paulo Roberto, marcado para amanhã. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, deve se reunir hoje com integrantes da CPI mista para definir a estratégia de atuação caso Paulo Roberto resolva de fato dizer o que sabe sobre as denúncias de corrupção na Petrobras. ;Está todo mundo angustiado, porque ninguém sabe, ao certo, o que ele falou ao Ministério Público e o que ele poderá falar diante dos deputados e senadores;, disse um aliado da presidente Dilma. Ele também tem direito a ficar calado.
Até o momento, todas as expectativas governistas acabaram frustradas. O Planalto, que respirou aliviado porque não surgiram novas denúncias de Paulo Roberto ao longo do fim de semana, torcia para que a Justiça não permitisse a ida do ex-diretor à CPI. Mas a autorização foi concedida pelo juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) já tinha dito que não cabe ao Judiciário interferir nas convocações de suspeitos e testemunhas em comissões de inquérito. Em despacho assinado ontem, Moro afirma que Paulo Roberto precisará ser escoltado pela Polícia Federal, se possível até dentro do Congresso. Mas o juiz afirmou que ;deve ser evitada a utilização de algemas na apresentação; do réu porque ele não é acusado de crimes violentos.
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