postado em 16/09/2014 21:50
O debate entre presidenciáveis organizado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na noite desta terça (16) foi iniciado com perguntas aos presidenciáveis sobre suas propostas sobre o tema da reforma política. Ao lado de outras entidades, a CNBB é signatária da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político. Enquanto Dilma e Marina defenderam pontos presentes na plataforma da CNBB, Aécio Neves (PSDB) apresentou propostas divergentes.
Os quatro pontos considerados básicos pela entidade são o fim do financiamento privado de campanhas, a maior participação de mulheres nas chapas, o fim das coligações nas disputas de cargos proporcionais e a eleição em dois turnos, sendo o primeiro entre partidos. Além de Aécio, Dilma e Marina, também participam do debate os candidatos Eymael (PSDC), Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e pastor Everaldo (PSC). O debate está sendo veiculado neste momento pela Rede Vida de Televisão, ligado à Igreja Católica.
Aécio Neves disse que em seu governo ;a reforma política começará no primeiro dia;. Ele defendeu o voto distrital misto, o fim da reeleição e o mandato de cinco anos, mas evitou comentar o financiamento público de campanhas. ;Ela é a mãe de todas as reformas. A CNBB ajudou muito com a lei da Ficha Limpa, e nós daremos sequência;.
Dilma Rousseff (PT) declarou ter acordo com os quatro principais pontos defendidos pela plataforma da CNBB. Ela aproveitou para alfinetar o discurso da ;nova política; defendido por sua principal concorrente nas pesquisas, Marina Silva (PSB). ;Os partidos, numa democracia, são essenciais. E nós precisamos submetê-los ao voto popular, de dois em dois anos, como ocorre agora. Quando os partidos não existem, os poderosos mandam por trás das cenas. É o caminho para as ditaduras;.
Marina Silva defendeu abertamente o financiamento público das campanhas, além do fim da reeleição. ;No nosso programa, temos insistido no tema da reforma política, com propostas para que haja uma reconexão entre representantes e representados. As manifestações de junho passado deram esse sinal, e daí a necessidade de uma reforma que seja capaz de colocar no centro do debate a melhora das instituições;.