Politica

Ex-diretor da Petrobras chega a Brasília para depoimento na CPMI

Os integrantes da comissão no Congresso tentarão limitar o acesso à sessão aos parlamentares

postado em 17/09/2014 12:30
Paulo Roberto Costa no hangar da Polícia Federal: sessão poderá ser secreta

Escoltado por policiais federais, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa chegou a Brasília nesta manhã de quarta-feira (17/9). Ele desembarcou por volta de 11h40, no hangar da Polícia Federal. Paulo Roberto vai prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção na estatal.



[SAIBAMAIS]Pelo esquema montado pela comissão, o acesso ao local será restrito, com limitação até no número de assessores dos parlamentares. Três salas estão reservadas e o acesso será apenas para servidores, senadores, deputados e imprensa credenciada. A Polícia Federal é responsável por conduzir Paulo Roberto Costa - que cumpre prisão preventiva em Curitiba (PR) - até o Senado. O depoente será apresentado à CPI no horário marcado, às 14h30, sem algemas. Ele poderá contar com assistência de advogado durante o depoimento.

O presidente da CPI Mista, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse esta semana que a reunião começará aberta ao público, mas poderá se tornar secreta, a pedidos dos membros da comissão ou do próprio depoente, se isso permitir respostas mais detalhadas.

Delação premiada

Esta será a segunda vez que Paulo Roberto Costa depõe no Congresso. Em junho, antes da delação premiada, ele esteve na CPI do Senado e negou a participação em desvios de dinheiro da Petrobras. Se disse injustiçado, acusou a imprensa de ;publicar dados sem fundamento; e disse que não sabia que Alberto Youssef era doleiro.

À CPI, Paulo Roberto Costa admitiu também que, embora não tivesse formalizado um contrato, prestou um serviço de consultoria ao doleiro e recebeu como pagamento um carro no valor de R$ 250 mil, mais R$ 50 mil pela blindagem. No dia seguinte do depoimento aos senadores, o ex-diretor da Petrobras foi novamente preso, depois que o Ministério Público descobriu que ele mantinha US$ 23 milhões em contas no exterior.

Com agências

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