A duas semanas do primeiro turno das eleições, os erros de um levantamento socioeconômico colocaram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no centro das atenções da disputa presidencial. O governo federal convocou mais uma coletiva de imprensa para comentar a correção e os novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A oposição também aproveitou o momento para criticar a gestão atual. O candidato a vice-presidente pelo PSB na chapa encabeçada por Marina Silva, Beto Albuquerque, relacionou a mudança das informações a questões políticas. Ao mesmo tempo, parlamentares defendem que o aparelhamento do instituto o tenha levado ao erro.
O governo vai esperar pelo menos 30 dias para decidir que medidas tomar em relação aos erros do IBGE, como possíveis afastamentos do órgão. Em entrevista à imprensa ontem, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Míriam Belchior, afirmou que ainda não há definições sobre o assunto. ;Nossa decisão foi determinar duas comissões, sendo uma delas de sindicância interna para apurar as razões dos erros e as eventuais responsabilidades funcionais;, afirmou a ministra.
Míriam Belchior contou que manteve contato com a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, durante toda a sexta-feira. ;Evidentemente conversamos ontem (sexta-feira) o tempo inteiro. Prefiro esperar que a comissão de sindicância composta pelos quatro ministérios apresente as recomendações ao governo. Só depois disso o governo tomará qualquer providência;, disse. A ministra do Planejamento comentou ainda a reação da presidente Dilma Rousseff ao ser informada dos problemas na Pnad. ;Ela reagiu como nós aqui, absolutamente perplexa que o IBGE possa ter cometido um erro tão básico que é não ter feito de forma completa o processo de checagem e rechecagem;, disse.
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