Politica

CPMI faz nova tentativa no STF pela delação premiada de Paulo Roberto Costa

Congressistas se reúnem com ministros do STF para conseguir o depoimento de ex-diretor

Eduardo Militão
postado em 23/09/2014 11:42
Parlamentares que investigam irregularidades na Petrobras tentarão, mais uma vez, obter acesso à delação premiada que o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa prestou ao Ministério Público e à Polícia Federal, indicando uma série de políticos como destinatários de propinas. Hoje, às 18h30, está marcado um encontro entre o presidente da CPI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PDMB-PB), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowiski, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava-Jato na Corte, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Entretanto, a expectativa é mais uma negativa ou de nova postergação. Desde que as primeiras informações vazaram na imprensa, em 5 de setembro, ninguém obteve acesso aos documentos, ao menos de forma oficial. O Correio observou que foram 11 negativas desde então, para a presidente Dilma Rousseff, a própria CPI, a Petrobras, a Controladoria-Geral da União e réus da Lava-Jato, algumas de forma reiterada.

Ontem, o juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, se negou a fornecer acesso à delação a parlamentares, à petroleira e à CGU. Advogados criminalistas ouvidos pelo Correio confirmam, sob anonimato, que não é possível obter cópias das declarações de Paulo Roberto Costa, delator, considerado por alguns um ;homem-bomba;, devido aos efeitos político-eleitorais que as declarações podem causar na imagem e nos votos dos personagens envolvidos.

FHC critica gestão petista

São Paulo ; O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez duras críticas ao escândalos recentes na Petrobras e cobrou a responsabilidade da presidente Dilma Rousseff (PT). ;A Petrobras é uma empresa pública e os recursos estão sendo usados para fins político-partidários e pessoais. Isto é inaceitável;, disse FHC, em encontro com empresários. ;Não é possível que a Petrobras tenha três diretores acusados de corrupção, com ligações com um partido (PT), e quem está no comando nunca tenha feito nada contra isso.; (Felipe Seffrin)

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