postado em 27/09/2014 10:08
O ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa ; considerado o homem-bomba do escândalo na estatal após entregar nomes de parlamentares em vários depoimentos da chamada delação premiada ; deve deixar a cadeia na próxima semana. Preso pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF), por suspeita de ajudar as empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef a firmar contratos com a Petrobras, Costa deve permanecer em prisão domiciliar até ser julgado pela Justiça Federal do Paraná. Apontado com um dos principais integrantes da organização criminosa que movimentou R$ 10 bilhões por meio de lavagem de dinheiro, recebimento e pagamento de propina a políticos, o ex-diretor será provavelmente monitorado a partir de uma tornozeleira eletrônica.
Havia a expectativa de que o juiz federal Sérgio Moro, à frente do caso, libertasse Costa até as 19h de ontem. No entanto, a decisão só deve ser tomada na segunda-feira. O ex-dirigente, após deixar a prisão, deverá ser encaminhado ao Rio de Janeiro, onde tem residência, em avião da Polícia Federal. Enquanto estiver fora da cadeia, o ex-diretor da Petrobras receberá proteção integral da PF. Por ser considerado um arquivo vivo, há o risco de sofrer algum tipo de represália.
Ele foi preso pela primeira vez em março, quando a PF deflagrou a Operação Lava-Jato. O ex-diretor da estatal foi libertado em 19 de maio, por ordem do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, em 11 de junho, acabou preso novamente a pedido do Ministério Público Federal.
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