postado em 12/10/2014 08:04
Independentemente de quem sair vitorioso das urnas na corrida presidencial, o PDMB desempenhará papel central no jogo de forças partidárias na Câmara dos Deputados. Atualmente na base da presidente Dilma Rousseff (PT), a legenda já é alvo da cobiça do PSDB ; caso o tucano Aécio Neves seja eleito este mês, quer garantir apoio ao Palácio do Planalto nas votações. Cientes do peso de serem a segunda maior bancada da Casa (66 parlamentares), os peemedebistas já costuram para garantir a presidência da Mesa Diretora. O PT, porém, avalia brigar pela cadeira.
Tradicionalmente, o mandato de presidente da Câmara é reservado à maior bancada (veja quadro), o que dá ao PT o poder do cargo. Nos últimos dois anos, no entanto, o partido abriu mão do mandato em acordo com o PMDB, do vice-presidente da República, Michel Temer. Foi assim que Henrique Eduardo Alves (RN) chegou ao posto. Os peemedebistas querem garantir mais dois anos no comando. O objetivo é emplacar Eduardo Cunha (RJ), atual líder da legenda. Conhecido como pedra no sapato da presidente Dilma, por dificultar votações de interesse do Planalto, ele já enfrenta a resistência do PT.
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Emissários de Dilma na Casa já estão dando o recado aos aliados peemedebistas. ;Elegemos a maior bancada (70 deputados) e, tradicionalmente, a presidência cabe ao maior partido. Por ora, Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS) são os nossos nomes;, diz um cacique petista. Maia foi presidente da Câmara entre 2011 e 2012. Hoje, ocupa espaço que pode ser determinante para a sua escolha. É o relator da CPI mista da Petrobras, que tem como objetivo investigar supostos casos de corrupção na empresa com a participação de nomes do partido.
Chinaglia também é peça-chave do partido na Câmara. Ele deixou a liderança do governo para assumir a vice-presidência da Casa depois de o deputado André Vargas (sem partido-PR) deixar o cargo após ter revelada a ligação com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato. A escolha de Chinaglia para o cargo foi associada ao acordo interno de que ele não seria necessariamente o nome do PT para a eleição da presidência no ano seguinte. Apesar da ressalva, ele se fortaleceu para a briga. A eleição de um petista, porém, deve ficar mais difícil caso Aécio seja eleito presidente.
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