Eduardo Militão
postado em 15/10/2014 06:06
É cada vez maior o coro de apoio ao juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, acusado pela candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), e por integrantes do partido, de fazer ;vazamentos seletivos; dos depoimentos prestados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef, na ação penal decorrente da Operação Lava-Jato. O magistrado chegou a ser chamado de ;cabo eleitoral da oposição; pelo vice-presidente do Congresso, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e Dilma disse que a divulgação das declarações de Costa teriam caráter ;eleitoreiro;.
Às notas divulgadas pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe), pela Procuradoria da República no Paraná e pela Justiça Federal do Paraná, somam-se declarações de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ministros aposentados e juristas. Eles afirmam que a publicidade do processo é garantida pela lei e que não há indícios de irregularidade na conduta do magistrado. Paulo Roberto e Youssef disseram que os recursos desviados da Petrobras irrigavam os caixas de PT, PMDB e PP ; informação que caiu como uma bomba na acirrada corrida presidencial entre petistas e tucanos.
O ministro do STF Gilmar Mendes defende que a ação penal tem tramitado dentro da normalidade. ;Não me parece que haja qualquer abuso. Não se trata de vazamento, porque a ação penal é um processo público, acessível a todos que tenham interesse;, afirmou o ministro. Ele menciona o caso de José Roberto Arruda (PR), ex-governador da capital federal julgado no Tribunal de Justiça do Distrito Federal enquanto fazia campanha para voltar ao cargo para exemplificar que as eleições podem até acelerar o exame de uma ação, mas não retardar. ;O que seria o correto? Suspender o processo do Arruda? Se, no Brasil, formos paralisar as ações penais em época eleitoral, o Judiciário vai parar a cada dois anos.;
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