Politica

Atestado apresentado por diretor da Petrobras em CPI pode ter sido fraudado

O documento assinado pelo médico José Eduardo Couto de Castro inicialmente não continha a classificação internacional de doenças (CID) usada para informar o diagnóstico de pacientes

Naira Trindade
postado em 23/10/2014 08:06
Vital do Rêgo (E) ao lado de integrantes da CPI mista da Petrobras: o doleiro Alberto Youssef será ouvido na próxima quarta-feira

Líderes da oposição cobram investigação da suposta fraude no atestado médico apresentado pelo diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, José Carlos Cosenza, para justificar a ausência dele no depoimento à CPI mista da estatal. Carimbado às 9h30 de ontem pelo analista legislativo Rogério Faleiro Machado, o documento assinado pelo médico José Eduardo Couto de Castro inicialmente não continha a classificação internacional de doenças (CID) usada para informar o diagnóstico de pacientes.

Entregue pela Petrobras, o documento médico apenas informava que o atual diretor da estatal estava impossibilidade de participar da sessão devido a uma ;intercorrência clínica; no início da noite de terça-feira. ;Determino o seu afastamento das atividades por 48 horas (dois dias) a contar desta data, enquanto avaliamos a resposta ao novo esquema medicamentoso;, escreveu Castro em 21 de outubro. Clínico-geral, Castro teria recebido o diretor em sua clínica, no Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro.



Ao abrir a sessão, por volta das 15h de ontem, o presidente da CPI mista, Vital do Rêgo (PMDB-PB), iniciou a leitura do documento esclarecendo que o motivo da ausência do diretor era ;pressão arterial primária;, de acordo com a CID I.10 / F 418. Vital acrescentou que a informação havia sido acrescentada posteriormente pelo médico, que estava no Rio. ;O atestado médico depois foi complementado pelo CID e chegou à CPMI;, informou Vital ao líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).

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