postado em 29/10/2014 17:02
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) voltou a negar, na tarde desta quarta-feira (29/10), que haja uma crise entre a bancada peemedebista na Câmara e o Palácio do Planalto. Ontem, no primeiro dia de sessão após a reeleição de Dilma, Henrique, o PMDB e demais partidos da base se juntaram à oposição para impor uma derrota ao governo. A Casa aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), que susta os efeitos do decreto de Dilma que criou o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS).
[SAIBAMAIS] Ao chegar à Câmara por volta das 16h desta quarta (29), Henrique negou que haja crise com o governo. Ele contou ainda ter ligado para Dilma na manhã de hoje, para parabenizá-la pela reeleição conquistada no domingo (26). 'Não há (crise). Prova disso é que hoje tivemos uma conversa muito cordial, muito agradável, muito respeitosa com a presidente. Antes de por em votação eu tentei que o governo retirasse o decreto e o apresentasse como projeto de lei, para que nessa Casa a gente pudesse aprimorar. Tentei muito. Mas não consegui. O governo manteve. E a Casa queria votar. Isso estava na pauta há três meses', disse.
Henrique disse ainda que foi chamado para conversar pessoalmente com a presidente Dilma na próxima semana, assim que ela voltar do recesso na base naval de Aratu (BA), para onde a petista viaja no fim da tarde desta quarta. 'Conversei com ela hoje. Liguei para ela e a parabenizei pela vitória, o que eu não havia feito ainda. Conversa boa, cordial, respeitosa. Foi muito bom. (...) Ela vai viajar, vai descansar quatro ou cinco dias, como é merecido, e na volta disse que gostaria de conversar. E eu gostaria de conversar com ela', contou.
O peemedebista também negou que a conversa tenha girado em torno de cargos no segundo mandato da presidente. Depois de ser derrotado por Robinson Faria (PSD) na disputa pelo governo do Rio Grande no Norte, o presidente da Câmara disse que pretende voltar ao Rio Grande do Norte. 'Vou para o meu estado né? Depois de quatro anos aqui aguentando vocês (da imprensa) toda semana. Vou para o meu estado exercer a vida de empresário que sou, e que nunca exerci, e fazer política ', disse.