Depois da derrota entre os deputados federais, dois dias depois das eleições, a proposta do Executivo de criação de conselhos populares não deverá ter melhor sorte no Senado. A análise é do presidente da Casa, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). ;Ela ser derrubada na Câmara não surpreendeu, da mesma forma que não surpreenderá se ela for, e será, derrubada no Senado;, disse ontem Renan. A oposição já coleta assinaturas para que a matéria tramite em regime de urgência, mas a medida ainda não tem data para ser apreciada.
[SAIBAMAIS];Eu sou presidente, a minha posição não substitui a do plenário;, ponderou Calheiros. Na visão dele, no entanto, a chance de sucesso do governo é quase nula. ;Os indicativos todos são no sentido de que essa matéria seja rejeitada. Há uma rejeição grande e tem a precedência da posição da Câmara;, analisou. O senador negou, no entanto, que a possível derrota do governo no Senado seja algum tipo de retaliação pós-eleitoral ao PT. ;Ao contrário, essa dificuldade já estava posta desde antes das eleições, ela apenas se repete;, argumentou.
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), também negou a retaliação ou um endurecimento do Congresso nos últimos meses do primeiro mandato de Dilma Rousseff. ;O PMDB já era contrário a esse decreto e solicitou formalmente à presidente que o revisse e o apresentasse na forma de projeto de lei. Não houve concordância;, explicou Cunha. Apesar de negar mal-estar com o governo, Renan não deixou passar batida a fala de , ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, na qual minimizou a derrota entre os deputados. ;Sinceramente, mais uma vez, o ministro Gilberto Carvalho não está sabendo nem do que está falando;, criticou Calheiros.
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