A Justiça tem até o fim do ano para esgotar um acervo de mais de 60 mil processos, se quiser bater a meta de 2014. Os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualizados nessa quinta-feira (30/10).
Na fila da Justiça Estadual estão 55.507 processos de corrupção, encaminhados até o final de 2012. Já a Justiça Federal precisa analisar 4.932 ações que ingressaram até o final de 2011.
[SAIBAMAIS]A meta de 2014 visa zerar o estoque antigo de acusações deste tema, e estabelece o julgamento de documentos que restaram do trabalho do ano passado. Juntas, a Justiça Estadual e Federal já julgaram 74.186 processos sobre corrupção nos primeiros sete meses deste ano.
As ações analisadas correspondem a duas categorias: improbidade administrativa (enriquecimento ilícito e violação aos princípios administrativos) e crimes contra a administração pública - abuso de poder, má-gestão de prefeitos ou vereadores, lavagem ou ocultação de bens oriundos da corrupção e a própria corrupção ativa.
A Justiça Federal já havia cumprido, até julho, 75,83% da análise das ações distribuídas até 2011. Cerca de 15 mil processos foram solucionados. Em 2012, a meta foi cumprida, com metade das acusações de corrupção julgadas.
A Justiça Estadual, por sua vez, ficou aquém da alta demanda: o órgão cumpriu apenas 35,77% da meta. Mais de 30 mil processos envolvendo práticas ilícitas de servidores foram analisados entre 2013 e 2014 pelas unidades da Federação.
De acordo com o CNJ, não é possível prever quantos casos serão solucionados até 31 de dezembro. Entretanto, o número de processos finalizados deve aumentar. O Encontro Nacional do Poder Judiciário está previsto para 10 e 11 de novembro em Florianópolis. No evento, os juristas farão um balanço geral do trabalho deste ano, além de definirem as metas de 2015.