Politica

Executiva do PT discute um nome para concorrer à presidência da Câmara

O PT ficará com 12 parlamentares e o PMDB terá 18

Naira Trindade
postado em 03/11/2014 07:29
Após a bancada do PMDB aprovar a indicação do deputado federal Eduardo Cunha (RJ) à disputa da presidência da Câmara em 2015, o PT se já se articula para encontrar um nome de consenso dentro da legenda e, dessa forma, apoiá-lo numa possível candidatura própria. ;É natural que o partido do governo, tendo a maior bancada, e tendo o PMDB no Senado, lance seu próprio candidato na Câmara;, disse um ex-líder do PT na Câmara. A partir das 9h30 de hoje, a bancada petista se reúne no encontro da Executiva Nacional do Partido, em Brasília, para tratar do assunto e da também da pauta de balanço pós-eleitoral.



[SAIBAMAIS]Se os políticos eleitos assumirem de fato, visto que sempre há a possibilidade de serem requisitados para ministérios ou outros cargos no governo, o PT terá o maior grupo da Câmara, com 70 deputados, enquanto o PMDB ficará com 66 parlamentares. Já no Senado, o quadro se inverte. O PT ficará com 12 parlamentares e o PMDB terá 18. Diante desse cenário, petistas articulam para tentar um acordo: o PMDB preside o Senado e a presidência da Câmara fica com o PT. As discussões, porém, ainda são muito preliminares e precisam ser aprofundadas com aliados dos partidos.

Ao lançar a candidatura à presidência da Câmara, Eduardo Cunha ignorou o rodízio entre PT e PMDB, respeitado desde 2007 para evitar brigas. ;A bancada me deu o respaldo de, se assim nos entendermos que o PMDB vai apresentar candidato, seja o meu nome;, disse na quarta-feira após reunião com a bancada na Câmara. ;Nós entendemos que a Casa neste momento não quer uma presidência do PT, não quer uma hegemonia de poder com o PT. É isso que eu entendo e está claro.;

Tradicional pedra no sapato da presidente Dilma Rousseff, Eduardo Cunha liderou no início deste ano o blocão da oposição, formado por deputados descontentes com o Palácio do Planalto, que ajudou a viabilizar a CPMI da Petrobras. Ele também articulou entraves para a aprovação do texto pretendido pelo governo para o Marco Civil da Internet e da MP dos Portos. Passadas as eleições, Cunha conquistou ainda mais força no Congresso. O apoio dele a financiamentos de campanha de deputados de outros partidos seria uma das razões para transformá-lo em temido, inclusive, pelos petistas.

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