postado em 09/11/2014 08:15
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) vai entregar, daqui a exatamente um mês, o relatório final do colegiado à presidente da República, Dilma Rousseff (PT), com centenas de depoimentos colhidos e os resultados de dois anos e meio de investigações sobre mortes e torturas nos anos de chumbo. O ponto mais polêmico, que ainda não é unanimidade entre os membros da CNV, é o tratamento que será dado à Lei da Anistia. Grande parte defende que a comissão se posicione e peça uma revisão da legislação para que os agentes da repressão que torturaram e mataram sejam punidos pelos seus crimes.
Entretanto, o momento político da conclusão do relatório, após uma acirrada disputa presidencial em que grupos de militantes chegaram a ir às ruas com cartazes pedindo intervenção militar, pode influenciar na decisão. Na última semana de outubro, os seis conselheiros que integram a CNV se reuniram com os assessores da comissão e definiram os detalhes pendentes do relatório, que será dividido em três livros.
Eles irão trazer as conclusões dos 13 grupos de trabalho da comissão, entre eles a Guerrilha do Araguaia, a Operação Condor, o funcionamento da estrutura da repressão, o papel da Igreja, as violações contra camponeses e indígenas, e mortos e desaparecidos políticos. O documento final vai contar a história de 420 vítimas do regime.
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