Uma minuta de resolução que está sendo elaborada pelas lideranças partidárias e pela Direção-Geral da Câmara pode tornar permanentes 191 cargos de natureza especial (CNEs) criados ao longo da legislatura para atender as lideranças dos novos partidos que obtiveram representantes na Câmara nos últimos quatro anos ; PSD, Pros e Solidariedade. Ainda de acordo com a minuta, que chegou a ser discutida na reunião de líderes da última terça-feira, o aumento de custos seria absorvido pela redução de salários nos partidos que perderam parlamentares para a próxima legislatura. Em alguns casos, a diminuição poderia ser de até dois níveis salariais ; como na Liderança do DEM. Em 2014, esses cargos custaram cerca de R$ 20 milhões no orçamento da Câmara.
O tema será discutido em uma reunião entre assessores das lideranças partidárias nesta quinta-feira (13/11), na Câmara. Além dos líderes partidários, participam das conversas os chefes de gabinete das lideranças partidárias. Participantes do encontro de líderes relatam que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), admitiu a continuidade das discussões sobre os cargos, desde que a solução não aumentasse os gastos. ;Ele foi tachativo. ;Não admitirei que se aumentem gastos com pessoal;;, relatou uma pessoa que participou da reunião.
;A minuta está em discussão na Direção-Geral. Ela prevê a manutenção desses 191 cargos, mas, ao mesmo tempo, haveria uma redução no nível dos cargos para os partidos que perderam bancadas. Nesses, todos os servidores desceriam uma faixa, ou até duas, como no caso do DEM;, disse uma servidora da Casa que está participando das discussões, e que pediu sigilo. Segundo dados do portal da Câmara, a Casa tem hoje 1.513 detentores de Cargos de Natureza Especial (CNEs). Os salários, sem auxílios, vão de R$ 2,8 mil (CNE 15) a R$ 15,6 mil (CNE 07).
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