Paulo de Tarso Lyra
postado em 14/11/2014 07:55
Governo novo, novela mais do que antiga. Há quase um ano, a presidente Dilma Rousseff impacientou aliados em uma reforma ministerial arrastada, que alçou candidatos à Esplanada com a mesma velocidade que os cogitados despencavam em queda livre nos conceitos. Doze meses depois ; com uma eleição presidencial no meio e um espólio de 54 milhões de votos na algibeira ; Dilma repete a cantilena e não define quem serão os ministros do segundo mandato.A presidente deve anunciar o novo titular da Fazenda quando retornar da viagem do G20, na Austrália. A bolsa de apostas do novo ministro tem nomes de peso, mas nenhum favorito. Cotado, o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse a interlocutores que prefere permanecer na instituição.
As especulações em torno do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles começaram a mexer com o mercado. Na quarta-feira, as ações oscilaram com o boato de que ele teria recusado ser ministro. Meirelles conversou com jornalistas especializados negando que tenha recusado qualquer convite ; simplesmente porque este não tinha sido feito. Outro nome lembrado para a vaga, o ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa desconversou. ;Não fui convidado ou sondado para nenhum cargo. Continuo na área de ensino e pesquisa da EESP-FGV e do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia). Portanto, não posso falar sobre algo que não existe;, completou.
Entre os partidos aliados, a disputa por um espaço na Esplanada também é grande. PR, Pros, PP e PSD disputam pastas pujantes, como os ministérios da Educação, Cidades, Transportes e Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A demora na escolha, inclusive, favorece a movimentação do PMDB, que pretende presidir as duas Casas do Congresso.
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