O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou ontem que a Polícia Federal abra investigação sobre o uso de redes sociais por delegados envolvidos na Operação Lava-Jato para atacar o PT e defender o voto em Aécio Neves (PSDB) durante as eleições presidenciais. Cardozo justificou a mordaça por não ser ;admissível a partidarização das investigações;. Entre os alvos da Lava-Jato, está o suposto pagamento de propina a políticos do PT por construtoras com contratos na Petrobras. A ordem do petista causou mal-estar entre os delegados da PF, que já se irritaram com o ministro em outras situações.
;Devemos ter uma peça para verificar a conduta que foi adotada no caso. Se a conduta legal foi respeitada, se não houve crença do delegado passada para a investigação, se a investigação não foi partidarizada, não há, obviamente, o que se falar. Caso contrário, medidas têm que ser tomadas para que a investigação tenha seu curso legal;, disse Cardozo, ao detalhar prazos para a apuração. O ministro disse que todos têm direito à liberdade de ;manifestação;, mas quem ;preside uma investigação deve agir com imparcialidade;.
Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo mostrou ontem que delegados ligados à Lava-Jato demonstraram as preferências partidárias em perfis fechados ; aos quais só amigos têm acesso ; em uma rede social. Em uma das postagens, feitas durante a campanha presidencial deste ano, um delegado diz que Aécio ;é o cara;. Outro delegado divulga reportagem em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compara o PT a Jesus Cristo. ;Alguém segura essa anta, por favor;, comentou o profissional sobre a notícia.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .