postado em 15/11/2014 08:06
Duas das principais lideranças do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), afinaram o discurso contra a corrupção revelada na sétima fase da Operação Lava-Jato, deflagrada ontem. FHC se disse envergonhado com o escândalo. ;Não vou falar deles. Como brasileiro, eu tenho vergonha. Tenho vergonha de falar sobre o que está acontecendo no Brasil;, afirmou. Aécio acrescentou que a estatal traz ;uma marca perversa da corrupção;.
Em entrevista coletiva, Aécio anunciou que orientou a bancada tucana a iniciar a coleta de assinaturas para a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com intuito de investigar a estatal na próxima legislatura. ;O que percebo é que as coisas estão chegando muito próximo dos mais altos dirigentes deste governo e é preciso que essas investigações ocorram. O que posso assegurar é que tem muita gente em Brasília sem dormir nesses últimos dias, e continuarão sem dormir;, afirmou.
De acordo com o senador, todas as informações surgidas nos últimos dias serão usadas pela nova CPI. ;Vamos impedir que qualquer manobra no Congresso no sentido de impedir que as investigações, também no Congresso, avancem;, declarou. Segundo ele, não há uma vontade clara, ;ao contrário do que diz a presidente da República, da sua base em avançar nessas investigações ainda este ano;.
O senador reiterou o discurso contra a presidente Dilma Rousseff na campanha presidencial. ;O que estamos assistindo hoje é aquilo que denunciávamos ao longo da campanha se transformando em uma realidade cada vez mais visível e mais palpável. Infelizmente, a nossa maior empresa, a Petrobras, que adia a publicação do seu balanço em razão das gravíssimas denúncias de corrupção, vai trazendo para si uma marca perversa em razão das ações deste governo;, criticou.
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