A ação da Polícia Federal e do Ministério Público conseguiu garantir, até agora, a devolução de quase meio bilhão de reais desviados da Petrobras no megaesquema de propinas revelado pela Operação Lava-Jato, atualmente em sua sétima fase. A devolução de R$ 447 milhões está prevista nos acordos de delação premiada de cinco envolvidos no esquema. O valor supera os R$ 367 milhões em reajustes irregulares em quatro contratos com empreiteiras que atuam na construção da Refinaria Abreu e Lima, apontados em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), em setembro.
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Até agora, a maior devolução será feita pelo ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco, no valor de R$ 253 milhões. O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, peça-chave do esquema, comprometeu-se a devolver R$ 70 milhões.
[SAIBAMAIS]Além dos valores que serão entregues pelos suspeitos, foram apreendidos bens avaliados em cerca de R$ 720 milhões. A etapa mais recente da Operação Lava-Jato teve como alvo executivos de nove grandes empreiteiras, que, segundo as investigações, teriam formado um clube para abocanhar contratos com a estatal, pagando propina a diretores da Petrobras e a políticos do PT, do PP e do PMDB.
O doleiro Alberto Youssef, que seria o representante do PP no esquema e responsável pela movimentação financeira do clube para dar fachada legal aos recursos, comprometeu-se a devolver R$ 55 milhões. No núcleo das empreiteiras, também prometem devolver recursos Júlio Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, executivos da Toyo Setal Empreendimentos, que oferecem R$ 70 milhões.
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