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CPMI decide fazer acareação entre ex-diretores da Petrobras

CPMI vota pela acareação de ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró. Confrontação, entretanto, pode nao ocorrer porque trabalhos se encerram dia 23

postado em 18/11/2014 15:42
Quatro dias depois da prisão de 23 pessoas, entre elas o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e executivos das maiores empreiteiras do país, na Operação Lava Jato, a CPMI decidiu, nesta terça-feira (18/11), fazer acareação entre os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró. A confrontação, no entanto, pode não ocorrer uma vez que os trabalhos da CPMI podem ser encerrados em 23 de novembro.

O requerimento para acareação era da oposição, que votou unanimemente pela convocação dos dois. À Polícia Federal, Costa apontou Cerveró como integrante do esquema de recebimento de propina de grandes empreiteiras para fechar contratos com a Petrobras. Cerveró, no entanto, nega a participação.


Não se sabe, porém, se haverá tempo para a acareação. Oficialmente, os trabalhos da CPMI terminam em quatro dias. A apuração pode ser prorrogada até 22 de dezembro, o que só ocorrerá se os parlamentares conseguirem assinaturas para isso até sexta-feira.

Na manhã desta terça-feira, a oposição se reuniu e decidiu tentar convocar os presos na Lava Jato na última sexta-feira, o que pode ocorrer ainda na reunião desta tarde. De acordo com o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (SP), se for necessário, os parlamentares se dispõe a fazer reuniões diariamente, de manhã e de tarde, para ouvir todos os envolvidos.

[SAIBAMAIS] GRAÇA FOSTER

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) pediu à assessoria técnica da CPMI que revise o depoimento da presidente da Petrobras, Graça Foster, ao colegiado. Ele a acusa de mentir aos parlamentares. De acordo com Lorenzoni, ela disse que não havia confirmação do pagamento de propina pela empresa holandesa SBM Offshore a funcionários da petrolífera.

Ontem, Graça Foster admitiu que o crime foi confirmado. A presidente afirmou ainda que a empresa holandesa está impedida de fazer licitação com a Petrobras. Ela disse, no entanto, que não sabe quanto foi pago em propina. Lorenzoni disse que Graça Foster pode responder judicialmente caso tenha mentido.

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