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OAB lamenta morte de Marcio Thomaz Bastos e anuncia luto de 7 dias

O ex-ministro foi presidente da OAB-SP e do Conselho Federal da OAB. Ele faleceu nesta manhã, em São Paulo

Jacqueline Saraiva
postado em 20/11/2014 10:13
O ex-ministro foi presidente da OAB-SP e do Conselho Federal da OAB. Ele faleceu nesta manhã, em São Paulo

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lamentou, nesta manhã de quinta-feira (20/11) a morte do ex-ministro Marcio Thomaz Bastos. Em nota, o órgão anunciou luto oficial de sete dias, com a bandeira hasteada a meio mastro. O advogado, que foi presidente da OAB-SP entre 1983 e 1985 e do Conselho Federal da OAB (1987 a 1989), morreu no começo da manhã, em São Paulo, devido à piora de uma doença crônica no pulmão.

[SAIBAMAIS]O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, afirmou que ;Márcio será sempre inspiração para a defesa do estado de direito, dos valores constitucionais e dos fundamentos de uma sociedade civilizada;. ;Um brasileiro exemplar, um advogado ético e decente, um jurista de escol, um homem de família, um amigo e conselheiro. Ao luto institucional se soma a tristeza pessoal pela irreparável perda deste inigualável presidente de sempre do Conselho Federal da OAB;, assinalou Marcus Vinicius.

Perfil

Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, na turma de 1958, Márcio Thomaz Bastos foi presidente da OAB-SP entre 1983 e 1985 e do Conselho Federal da OAB (1987 a 1989) antes de virar ministro da Justiça (2003 a 2007), durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É considerado um dos principais criminalistas do país. Mesmo após deixar o ministério, continuou em evidência no meio jurídico, por atuar em casos de grande repercussão nacional. Thomaz Bastos atuou na acusação dos assassinos do ambientalista Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves.



Ele também participou do julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, no qual defendeu ex-dirigentes do Banco Rural, como José Roberto Salgado, condenado a uma pena de 14 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas. O advogado atuou ainda na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques sexuais a 37 vítimas.

Nascido no dia 30 de julho de 1935, em Cruzeiro, interior de São Paulo, era casado com Maria Leonor de Castro Bastos. Ele deixa uma filha, Marcela. Ainda não há informações sobre o velório e enterro do ex-ministro.

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