Politica

Velório de Márcio Thomaz Bastos será realizado nesta tarde, em São Paulo

Considerado um dos maiores criminalistas do país, o ex-ministro morreu nesta manhã, após piora de uma doença crônica no pulmão. Ele tinha 79 anos

Jacqueline Saraiva
postado em 20/11/2014 12:01
Considerado um dos maiores criminalistas do país, o ex-ministro morreu nesta manhã, após piora de uma doença crônica no pulmão. Ele tinha 79 anos
O velório do advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos será realizado a partir das 15h desta quinta-feira (20/11) na Assembleia Legislativa de São Paulo, segundo o Hospital Sírio-Libanês. Ainda não há informação sobre data e local para o sepultamento. Internado na terça-feira (18/11), devido à piora de uma doença crônica no pulmão, Thomaz Bastos morreu nesta manhã. Ele havia passado por um tratamento de descompensação de fibrose pulmonar, doença que ataca o tecido pulmonar e piora a mecânica respiratória ao curso de anos.

[SAIBAMAIS]Após a notícia da morte, vários políticos deixaram mensagens de pesar pelo falecimento do ex-ministro. A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou que o país perdeu um grande brasileiro e ela, um amigo. "Rendemos hoje as nossas homenagens a um grande brasileiro. O País perdeu um grande homem, o Direito brasileiro perdeu um renomado advogado e eu perdi um grande amigo", disse.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também manifestou tristeza. Em nota, divulgada no site do Instituto Lula, ele destacou que ;o Brasil perde um dos homens que mais lutou pela democracia e pelo estado de direito em nosso país;. Thomaz Bastos foi ministro da Justiça durante o governo do petista de 2003 a 2007.



Perfil

Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, na turma de 1958, Márcio Thomaz Bastos foi presidente da OAB-SP entre 1983 e 1985 e do Conselho Federal da OAB (1987 a 1989) antes de virar ministro da Justiça (2003 a 2007), durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É considerado um dos principais criminalistas do país. Mesmo após deixar o ministério, continuou em evidência no meio jurídico, por atuar em casos de grande repercussão nacional. Thomaz Bastos atuou na acusação dos assassinos do ambientalista Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves.

Ele também participou do julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, no qual defendeu ex-dirigentes do Banco Rural, como José Roberto Salgado, condenado a uma pena de 14 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas. O advogado atuou ainda na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques sexuais a 37 vítimas.

Nascido no dia 30 de julho de 1935, em Cruzeiro, interior de São Paulo, era casado com Maria Leonor de Castro Bastos. Ele deixa uma filha, Marcela.

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