postado em 20/11/2014 18:55
Em depoimento prestado à Polícia Federal, em Curitiba, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, um dos presos da Operação Lava-Jato, afirmou que recebeu, no ano passado, R$ 1,6 milhão da UTC Engenharia, uma das empreiteiras integrantes do cartel montado na estatal. Duque alega que o recurso, recebido ;em vários pagamentos de menor valor;, refere-se a um serviço de consultoria prestado à empresa em questão. Ele contou que auxiliou a UTC ;no processo para que ela se capacitasse a participar como operadora na área de Floatin Production Storage Offloading;. Conforme as informações prestadas, o valor foi depositado na conta da D3TM - Consultoria e Participações depois de emissão de nota fiscal.[SAIBAMAIS]
Duque disse que conhecia o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em prisão domiciliar, desde 1988. Ele ressaltou que Costa ;não pediu para sair; da Petrobras, no entanto, ;foi instado a solicitar a renúncia;. O ex-diretor negou conhecer o doleiro Alberto Youssef, um dos líderes da organização criminosa que movimentou R$ 10 bilhões.
Ele informou que conhece o tesoureiro do PT João Vaccari Neto desde 2010. Duque salientou que ;criou uma empatia e, por conta da amizade, passou a manter encontros com o mesmo sempre de cunho social por ser pessoa agradável para o convívio;. De acordo com Duque, a maioria das conversas com Vaccari ocorria em jantares no Rio de Janeiro e em São Paulo. O ex-diretor disse que não orientou o empresário Augusto Mendonça Ribeiro, da Toyo Setal, a procurar o tesoureiro do PT para tratar de doações eleitorais.