postado em 21/11/2014 07:41
O juiz federal Sérgio Moro, à frente dos processos referentes à Operação Lava-Jato, determinou o bloqueio de contas de investigados na sétima fase da operação. No total, o valor chega a R$ 47,8 milhões. O Banco Central informou ontem que cumpriu a decisão do magistrado que afeta 16 pessoas e três empresas por envolvimento no escândalo da Petrobras. O bloqueio não significa, automaticamente, culpa dos envolvidos, mas uma medida de precaução para eventuais ressarcimentos de prejuízos causados. Em outro documento, o juiz proibiu que 11 dos investigados viajem ao exterior.
O maior valor bloqueado se refere ao saldo de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix: R$ 22,6 milhões. Ele está em prisão preventiva por 30 dias, renováveis pelo mesmo período. Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC, também teve uma quantia milionária bloqueada. Foram mais de R$ 10 milhões no Citibank e R$ 83 mil no Bradesco. Ele foi solto na última terça-feira. O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, indicado por delatores como um dos operadores do esquema, teve R$ 3,2 milhões retidos pelo o BC. A D3TM Consultoria, empresa de Duque, tinha na conta o valor de R$ 140 mil.
[SAIBAMAIS]Uma das empresas do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, a Hawk Eyes Administração de Bens, tinha saldo de R$ 6,5 milhões. Já a Technis teve R$ 2 milhões congelados. O lobista apontado como operador da cota do PMDB no esquema de corrupção, por sua vez, tinha R$ 8.873,79 nas contas pessoais. Nas contas bancárias de Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, e Valdir Lima Carreiro, presidente da Iesa, o Banco Central não localizou qualquer valor. O diretor-financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana, e o diretor-presidente da Construtora Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, tiveram os menores montantes bloqueados: R$ 10 mil e R$ 7.511, respectivamente.
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