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Pequeno investidor da Petrobras encara queda de 65% nos últimos cinco anos

Ações da estatal, que vive a maior crise da sua história, despencaram 50% em apenas dois meses. Parte dos analistas e até quem aplicou poucos recursos na empresa acredita na recuperação a longo prazo

postado em 23/11/2014 07:52
Ações da estatal, que vive a maior crise da sua história, despencaram 50% em apenas dois meses. Parte dos analistas e até quem aplicou poucos recursos na empresa acredita na recuperação a longo prazo

Queridinha do mercado de ações há seis anos, quando seus papéis bateram a casa dos R$ 51, a Petrobras hoje é sinônimo de dor de cabeça para pequenos investidores que precisam lançar mão dos recursos neste momento. A estatal ; que vive a maior crise de sua história com as investigações sobre contratos superfaturados e pagamento de propina ; viu suas ações desvalorizarem 50%, em apenas dois meses e, hoje, o valor é de pouco mais de R$ 14. Na sexta-feira, fechou a R$ 14,30. Nos últimos cinco anos, o preço médio dos papéis caiu 64,37%.

O empregado do setor privado R. N., de 50 anos, conta que apostou na lucratividade do petróleo e, em 2009, quando foi autorizado a aplicar parte de seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em ação da Petrobras, não perdeu tempo. Fez dois investimentos, um de R$ 7 mil e, depois, mais R$ 5 mil. Em contraponto ao baixo rendimento do FGTS, R. viu sua aplicação saltar para R$ 100 mil. Mas a crise veio e reduziu tudo a pouco mais de R$ 33 mil. Ainda assim, um ganho em relação ao trabalhador que optou pelo rendimento do fundo. O investimento na estatal chegou a ser recomendado pelo então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, como ;bom para a Petrobras, para o trabalhador e para o Brasil;.



A queda assustadora do valor das ações da Petrobras, uma das maiores petroleiras do mundo, no entanto, não assustou o analista de sistema Adjutor Pereira Alvim Júnior, 46 anos. Em março deste ano, já com a queda dos papéis da estatal, o analista não pensou duas vezes e aplicou R$ 20 mil. Ele conta que sabia que o resultado do investimento seria de médio e longo prazo e não se preocupa com o aprofundamento da crise. ;Acredito que, a partir de 2015, o cenário na Petrobras vai começar a melhorar e vou lucrar com o investimento;, disse.

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