Os ex-candidatos à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) entregaram nesta terça-feira (25/11) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a prestação final de contas das campanhas. Dilma Rousseff confirmou as previsões e fez a campanha à Presidência mais cara da história do país: foram R$ 318,5 milhões empregados para a reeleição, cerca de 18% a mais que o gasto pela petista em 2010, já descontada a inflação. Ela saiu da disputa com sobra de recursos, de cerca de R$ 169 mil. Já Aécio Neves encerrou o pleito com débito.
Na prestação individual do candidato aparecem gastos da ordem de R$ 223 milhões, enquanto as receitas ficaram em R$ 222 milhões até ontem. Segundo informações do comitê de campanha, entretanto, o débito seria de R$ 15 milhões. Se considerados os gastos indiretos, como transferências para outros candidatos, o gasto total de Dilma sobe para cerca de R$ 350 milhões.
Além dos presidenciáveis, os governadores que concorreram ao 2; turno também tiveram de entregar as contas ontem. No Congresso, tucanos próximos a Aécio ressaltaram que o trabalho de captação de recursos continuará nas próximas semanas. Segundo fontes no comitê, cerca de R$ 1 milhão já haviam sido arrecadados desde o fechamento das contas entregues ao TSE.
Ajuda
No lado petista, as sobras de campanha serão repassadas à direção partidária e usadas para fechar as contas de candidatos do partido que acabaram gastando mais do que arrecadaram. É o caso do senador Eduardo Suplicy (SP), vencido na disputa à reeleição, e do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (SP), derrotado no 1; turno para o governo de São Paulo.
Tanto Dilma quanto Aécio declararam ter gasto menos que o teto previsto. Dilma projetou custos de R$ 383 milhões, mais que o dobro dos R$ 176 milhões previstos em 2010. Já Aécio estimou o máximo de dinheiro empregado em R$ 290 millhões. De acordo com o TSE, as assessorias de Dilma e Aécio entregaram as prestações de contas por volta das 18h de ontem, na sede do tribunal.
As contas de Dilma serão julgadas pelo plenário do tribunal em 18 de dezembro, com relatoria do ministro Gilmar Mendes. De acordo com a Lei da Ficha Limpa, a reprovação das contas torna os candidatos inelegíveis. Já as contas de Aécio serão relatadas pela ministra do TSE Maria Thereza de Assis Moura.