postado em 30/11/2014 08:01
Com a imagem arranhada pela série de denúncias de corrupção investigadas na Operação Lava-Jato, o Partido dos Trabalhadores (PT) quer arrastar uma multidão para a posse da presidente Dilma Rousseff, em 1; de janeiro, na tentativa de mostrar que a petista começa o novo governo com grande apoio popular. A preocupação, entretanto, é que o evento tenha um público espontâneo menor que o das posses anteriores.Mesmo faltando ainda cinco semanas, uma comissão da legenda, formada na reunião da Executiva do partido do início de novembro, já trabalha na logística de convocação dos movimentos sociais para virem a Brasília. Os correligionários da presidente pretendem fazer uma festa semelhante à que foi montada para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. A Secretaria-Geral da Presidência, que faz a interlocução com os grupos sociais, também estabeleceu um grupo de trabalho para a mobilização.
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A diferença é que, ao contrário da posse de Lula em 2003, que causou grande comoção no país, e da cerimônia da presidente Dilma em 2010, considerada um marco pela eleição da primeira mulher no cargo, a reeleição se dará em momento delicado. Além de alguns petistas reclamarem que a solenidade ocorre logo após as festas de fim de ano, quando a agenda dos convidados está cheia, um setor do partido está em alerta pela situação da presidente.
Interlocutores do governo ressaltam que integrantes do PT, que passa por um momento de desgaste, precisam se convencer da aproximação com os movimentos sociais como uma das principais armas para alavancar a popularidade do governo. A diferença de apenas 3 milhões de votos entre Dilma e Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições, é também apontada, dentro da sigla, como uma mostra da fragilidade do governo reeleito.
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