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Cardozo prega absoluta independência nas investigações da Lava-Jato

O Partido dos Trabalhadores sempre defendeu que as apurações sejam feitas, que tudo seja colocado em pratos limpos, e se alguém obviamente tiver que ser sancionado que seja%u201D, disse Cardozo

postado em 03/12/2014 21:15
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu hoje (3) que as denúncias de que parte do dinheiro de propina, descoberto na Operação Lava Jato, seria destinada a partidos políticos, entre eles o PT, sejam investigadas com ;absoluta independência;.

O ministro comentou notícias divulgadas pela imprensa nesta quarta-feira (3), segundo as quais o executivo da Toyo Setal, Augusto Mendonça, teria dito em seu depoimento de delação premiada que pagou propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, por meio de doação de campanha ao PT.

;Nós temos uma situação em que delações premiadas estão sendo divulgadas. As delações são feitas e permitem que a investigação, a partir delas, prossiga. A investigação será feita com absoluta autonomia, com absoluta independência, e caso os fatos contra quaisquer partidos, não só o meu partido, impliquem em responsabilização das pessoas, elas devem ser punidas. O Partido dos Trabalhadores sempre defendeu que as apurações sejam feitas, que tudo seja colocado em pratos limpos, e se alguém obviamente tiver que ser sancionado que seja;, disse Cardozo.



Nesta quarta-feira, a Justiça Federal liberou o conteúdo das delações premiadas de Júlio Camargo e Augusto Mendonça Neto, executivos da empresa Toyo Setal, que detalharam ao Ministério Público Federal (MPF) como funcionava o esquema. e disseram que pagaram R$ 154 milhões em propinas a pessoas apontadas como operadores do PT e do PMDB na Petrobras. O MPF já havia se manifestado favorável à divulgação.

Cardozo disse ainda que ao longo do processo diversos partidos foram citados em delações, e que os fatos devem ser apurados, antes de se condenar qualquer pessoa. ;Isso não é prova final, mas é ponto importante numa investigação. Repito: caso se comprove que pessoas foram corrompidas, que receberam indevidamente dinheiro público, devem ser punidas exemplarmente. Pouco importa se pertencem ao Partido dos Trabalhadores, se pertencem à oposição. Ao longo deste processo, temos tido pessoas de todas as forças partidárias citadas em delações. Se comprovar que receberam, devem ser punidas. Para o governo, o que importa é a garantia da autonomia da investigação;, disse.

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