Politica

MP pede a punição de nove pessoas envolvidas na Lava-Jato

Os procuradores pedem a condenação de Paulo Roberto por organização criminosa e lavagem de dinheiro, crime também atribuído a Youssef.

Eduardo Militão
postado em 04/12/2014 07:23
A força-tarefa do Ministério Público Federal na Operação Lava-Jato pediu a condenação de nove pessoas por lavagem de dinheiro e por organização criminosa para desvio de recursos da Petrobras. Os procuradores pediram a punição até mesmo do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, que firmaram acordos de delação premiada para tentarem obter penas menores. O pedido foi feito em forma de alegações finais, apresentadas ontem ao juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro. Agora, os advogados dos acusados têm 10 dias úteis para apresentar as defesas. Depois disso, o juiz deve proferir a sentença.



[SAIBAMAIS]O Ministério Público pediu a absolvição de um dos sócios da fornecedora de tubos Sanko Sider, Murilo Tena Barrios. Eles requereram a condenação do outro sócio, Márcio Bonilho, por organização criminosa e lavagem. Segundo a denúncia, recursos da Petrobras eram remetidos para a Camargo Corrêa. A empreiteira comprava tubos da Sanko. Mas, segundo a Procuradoria, parte do dinheiro se referia também a comissões para o doleiro Alberto Youssef distribuir propinas a agentes políticos, remetendo uma parcela dos valores para o exterior. A Camargo Corrêa e os políticos não foram acusados, pois nesta ação não se apuraram crimes de desvio de recursos públicos, superfaturamento ou corrupção.

Os procuradores pedem a condenação de Paulo Roberto por organização criminosa e lavagem de dinheiro, crime também atribuído a Youssef. Eles entendem que o doleiro e Paulo Roberto chefiavam uma das quadrilhas desbaratadas pela Lava-Jato. Ao todo, a operação anotou uma rede de quatro doleiros que movimentou R$ 10 bilhões em crimes diversos, como tráfico de drogas, contrabando de diamantes, mercado negro de câmbio, cartel e corrupção na Petrobras.

Neste processo, especificamente, o Ministério Público diz que o dinheiro saiu da petroleira, passou pela Camargo e pela Sanko e, de lá, seguiu para a empresa MO Consultoria, registrada em nome de Waldomiro de Oliveira, mas controlada por Youssef. Os recursos foram remetidos a diversas outras empresas, como o laboratório Labogen, em nome dos irmãos Leandro e Leonardo Meirelles, que enviava o dinheiro para o exterior. A origem do dinheiro eram ;contratações fraudulentas; na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O MPF ainda pediu a condenação de Antônio Almeida Silva, Esdras Arantes e Pedro Argese.

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