Eduardo Militão
postado em 06/12/2014 06:04
O juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, pediu pressa na conclusão do inquérito da sétima fase da Operação Lava-Jato, apelidada de Juízo Final, que terminou na prisão de ex-diretores da Petrobras e dos maiores empreiteiros do país. A Polícia Federal quer um maior prazo para concluir os trabalhos; no entanto, o magistrado registrou que é necessário apertar o passo dos procedimentos. ;Concedo prazo de mais 15 dias para a conclusão do inquérito;, afirmou o juiz, em despacho anexado ao inquérito. Porém, Moro espera que o tempo não exceda nada além disso. ;Alerto que não haverá nova prorrogação e é desejável que não seja utilizado todo o prazo;, concluiu.
O procurador da força-tarefa do Ministério Público Federal Carlos Fernando Lima já havia adiantado ao Correio que oferecerá a denúncia antes do Natal contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, as construtoras Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, Engevix e Galvão Engenharia e seus executivos. Empreiteiras mencionadas, como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, mencionadas por Paulo Roberto Costa como integrantes do mesmo cartel, negam as acusações. Outras, como a Mendes Júnior e a Galvão, confirmam o pagamento de propinas. Entretanto, alegam que só fizeram por causa de extorsão feita pelo ex-diretor e pelo doleiro Alberto Youssef. O Ministério Público não aceita a justificativa. ;Não há extorsão. Há corrupção. Havia um cartel;, comentou o procurador Carlos Fernando.
A PF solicitou mais prazo para poder analisar o material apreendido em 14 de novembro nas residências e em escritórios dos empreiteiros, dos operadores do esquema e de ex-funcionários da petroleira. De acordo com Sérgio Moro, já existem ;provas de materialidade de crimes e indícios de autoria em relação a vários dos investigados;. O inquérito deve ser concluído até 14 de dezembro. Atualmente, a Operação Lava-Jato é composta de dezenas de inquéritos e 10 ações penais em andamento.
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