Politica

Problema em software abre brechas para desvios de verbas em escolas

A situação foi apontada pelo procurador da República no Rio de Janeiro Sérgio Luiz Pinel Dias

postado em 09/12/2014 06:02
Uma parte da ferramenta on-line do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que analisa os gastos informados pelas escolas que recebem dinheiro da União, está travada ; situação que representa, alertam especialistas ouvidos pelo Correio, um prato cheio para fraudes. Isso porque o programa, chamado oficialmente de Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC), recebe as prestações de contas, mas não as analisa. Resultado: repasses orçados em quase R$ 20 bilhões do governo federal para cerca de 150 mil escolas têm sido verificados manualmente por servidores.

A situação foi apontada pelo procurador da República no Rio de Janeiro Sérgio Luiz Pinel Dias. Segundo ele, o problema acontece porque o SiGPC, criado em 2012, não implementou ainda ferramentas chamadas ;críticas;, que são rotinas computacionais destinadas a avaliar inconsistências, dados incompletos e erros nas prestações de contas. ;Em um levantamento recente, mostramos que a maioria absoluta dessas prestações de contas possui falhas;, disse ele, que integra o Grupo de Trabalho Educação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do MPF.

Devido à grande quantidade de prestações recebidas todos os anos, acrescenta, fica praticamente impossível verificar adequadamente todo o material enviado pela rede de ensino. ;Hoje são mais de 150 mil escolas recebendo esse tipo de repasse, então, fazer manualmente a análise das prestações de contas de todas elas é algo realmente difícil;, disse Dias ao Correio. ;O objetivo era justamente que o SiGPC fizesse a primeira triagem nas contas. Como isso não ocorre, hoje esse trabalho tem de ser feito manualmente pelos servidores do FNDE.;

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