postado em 09/12/2014 16:28
A oposição deve apresentar um relatório alternativo na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras. Líderes do PPS, DEM, PSB e PSDB se reuniram na manhã desta terça-feira (9/12) para debater o teor do documento, que, garantem, só será finalizado caso o relatório oficial, que será apresentado na quarta pelo deputado Marco Maia (PT-RS) tiver "cara de pizza".
Apesar de acusar a base governista de blindar os trabalhos da comissão, o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), pondera que não pode "discordar por antecipação", sem o conhecimento do relatório de Maia. Sobre o texto da oposição, ao qual classifica como um "posicionamento crítico", Mendonça diz que o documento deve ser consolidado até o domingo pelo tucano Carlos Sampaio (SP).
"A blindagem ocorreu desde o pedido de CPI. A coleta de assinaturas envolveu um esforço do governo para dificultar; a instalação da CPI demorou dois meses, com o Renan (Calheiros) segurando. Daí por diante, todas as manobras possíveis foram efetivadas pelo governo para impedir que a CPI pudesse avançar", critica.
O líder do PSB, Beto Albuquerque (RS), foi outro a pregar cautela quanto ao texto de Maia. "Vamos aguardar a leitura do relatório da CPI. Uma vez conhecido o relatório, nós ajuizaremos a possibildiade de termos um voto em separado, um relatório em separado". Em tom mais ácido, Albuquerque explica que "as oposições não irão subscrever um relatório chapa-branca ou com cara de pizza na CPI da Petrobras".
Janot
O peesebista elogiou a fala do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu nesta terça-feira a demissão do comando da Petrobras. "Nós saudamos a posição do procurador em tomar para si também as responsabilidades com a gravidade das denúncias de corrupção na Petrobras. Que bom que a Procuradoria-Geral da República tome a dianteira de apurar a verdade. Nós nos somaremos ao procurador se essa for a sua real disposição", disse Albuquerque.