Em outubro, em depoimento à Justiça Federal, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar, disse que o PP, o PT e o PMDB eram beneficiados com recursos de contratos superfaturados da estatal. Segundo o ex-diretor, empreiteiras repassavam 3% do valor de contratos superfaturados aos três partidos. A investigação ameaça chegar também ao Palácio do Planalto. Em 2009, em e-mail enviado à então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, Paulo Roberto Costa alertava o governo sobre irregularidades encontradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em três obras da empresa ; entre elas a da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco ; que abasteciam o esquema de desvio de recursos da estatal. A recomendação do órgão era suspender as obras.
"Estamos numa guerra contra a corrupção", afirmou o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, em entrevista coletiva em Curitiba (PR). Ao lado dele, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, garantiu a continuidade das apurações, que ainda envolverão políticos. "Essas pessoas roubaram o orgulho dos brasileiros. De forma equilibrada e responsável, mas muito firme, essa investigação chegará ao final."
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