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Justiça bloqueia R$ 614 milhões de empresas envolvidas em cartel do metrô

À pedido da Polícia Federal, os valores foram congelados nas contas de seis empresas supostamente envolvidas no esquema de cartel nas obras dos trens em São Paulo

Após indicar 33 pessoas por corrupção ativa e passiva, cartel, crime licitatório, evasão de divisas e lavagem de dinheiro na semana passada, a Justiça Federal de São Paulo bloqueou ontem R$ 614,3 milhões das contas de cinco multinacionais e de uma empresa brasileira acusadas de participar do cartel dos trens de São Paulo. O esquema de corrupção teria ocorrido entre 1998 e 2008, nos governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

Na decisão, o juiz da 6; Vara Criminal Federal de São Paulo, João Batista Gonçalves, atendeu ao pedido da Polícia Federal que requisitava o congelamento de valores das empresas no inquérito encaminhado em dezembro à Justiça. Foram bloqueadas as contas das subsidiárias brasileiras da Mitsui, Bombardier, CAF, Siemens e Alstom, além da brasileira T;Trans. Também foram atingidas as contas do consórcio ADTranz ; formado pelas empresas Alstom, CAF e ADTranz (hoje Bombardier).

A Justiça Federal de São Paulo confirma a decisão, mas não informou detalhes porque as investigações correm em segredo de Justiça. Segundo o jornal O Globo, nenhuma conta de pessoa física foi bloqueada. As investigações revelam que as empresas mencionadas se associaram em um cartel para dividir obras de reformas de trens que operam no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As investigações da PF apontam para um jogo de cartas marcadas em que as empresas escolhiam quem ia ganhar a licitação e superfaturavam em até 30% o preço.

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