Paulo de Tarso Lyra
postado em 14/12/2014 08:03
[FOTO1]A manutenção da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e da atual diretoria da estatal pode deslegitimar o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e fazê-la queimar um capital político que não tem. Esse foi o recado dado, na noite de sexta-feira, ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e ao ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, pelas principais lideranças petistas em Brasília. A avaliação é endossada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.;O recado já foi dado à presidente. Ela tem de tomar uma decisão sob pena de trazer, para si, uma crise que até o momento atrapalhava o governo, mas tangenciava o gabinete presidencial;, disse um aliado de Dilma. A presidente, que comemora hoje, em Porto Alegre, 67 anos de idade, foi avisada de que a base governista está ;debatendo-se no Congresso para imputar à oposição a pecha de querer deslegitimar uma vitória nas urnas;. E que, por isso, ela não pode dar combustível aos oposicionistas para aumentarem a fogueira na qual o governo arde há tempos.
A demora para um desfecho da situação, na opinião de petistas e aliados, é que todos sabem ; inclusive a presidente ; que não basta uma simples troca de nomes na diretoria. ;A empresa precisa passar por um processo de refundação interna e externa, pois está com a imagem completamente destruída perante os investidores;, declarou um petista, preocupado com os passos erráticos de Dilma no episódio. A presidente esbarraria ainda na dúvida sobre quem colocar caso Graça Foster seja de fato destituída (leia mais na coluna Brasília-DF).
[SAIBAMAIS]"Equipe nova"
Uma saída para não se passar o recibo direto da queda por causa das denúncias seria a presidente aproveitar o bojo da reforma ministerial que deve ser realizada ao longo da semana para substituir a atual diretoria da Petrobras. ;Ela é a presidente, pode fazer o que quiser. Governo novo, ideias novas, equipe nova;, defendeu o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).
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