Paulo de Tarso Lyra
postado em 16/12/2014 08:17
Só faltou o convite oficial. Os discursos da presidente Dilma Rousseff e da presidente eleita da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, durante a cerimônia de posse da ruralista para um novo mandato à frente da entidade, foram uma troca de elogios mútua com demonstrações de cumplicidade explícita. ;Queria dar os parabéns à minha amiga Kátia Abreu e dizer que estaremos mais próximas do que nunca ao longo dos próximos quatro anos;, declarou a presidente, dirigindo-se à futura ministra da Agricultura.Kátia, que vai se licenciar do comando da entidade para assumir a pasta na Esplanada, agradeceu a parceria da presidente ao longo dos últimos quatro anos. ;Foi a primeira vez que um governo ouviu e atendeu as reivindicações do agronegócio;, declarou Kátia, destacando os investimentos em infraestrutura, a aprovação do Código Florestal e da Medida Provisória dos Portos. E ainda demonstrou intimidade ao afirmar. ;Ouvi, de uma pessoa muito importante, que os próximos quatro anos serão das hidrovias. Teremos, finalmente, nosso Mississipi;, afirmou, olhando diretamente para Dilma.
;Tenha certeza que a nossa parceria está apenas começando;, reforçou a chefe do Executivo. ;A senadora Kátia Abreu, que toma posse hoje como presidente da CNA, é um orgulho para as mulheres do Brasil, pelo trabalho, pelas convicções que tem e pela defesa de um segmento tão importante para o povo brasileiro.;
Kátia aproveitou para destacar que o agronegócio representa hoje 23,3% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB). Diante do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ; que em reunião há duas semanas avalizou a indicação de Kátia para o ministério como um nome da bancada de senadores do PMDB ; a senadora por Tocantins lembrou que, enquanto o emprego no país cresceu 2,2% entre janeiro e dezembro, no campo esse aumento foi de 6,3% no mesmo período. ;Crescimento dá trabalho e sucesso não se improvisa ou se terceiriza. É fruto do que se faz;, prosseguiu a presidente da CNA, lembrando que as atividades da confederação têm gerado reações de grupos radicais à esquerda e à direita, ;como aqueles que hoje (ontem à tarde), tentaram invadir o prédio da CNA;, completou Kátia.
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