Politica

PSB se aproxima do Planalto de olho em orçamento para estados

Além de Rollemberg, dois governadores socialistas eleitos precisarão de recursos. Governo refuta reconciliação, apesar de dizer que não discriminará a oposição

Paulo de Tarso Lyra
postado em 18/12/2014 06:04

Governadores eleitos pelo PSB, tendo à frente Rodrigo Rollemberg (DF), querem reaproximar-se do Palácio do Planalto e ajudar na recomposição política do governo Dilma Rousseff com a legenda ; relação que ficou estremecida durante a campanha eleitoral, sobretudo depois da declaração de voto da sigla em Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da disputa presidencial. Rollemberg, o pernambucano Paulo Câmara e o paraibano Ricardo Coutinho ; que jamais rompeu com o PT e com Dilma ; sabem que enfrentarão situações financeiras e administrativas difíceis ao longo dos próximos anos e que precisarão da ajuda da União para encarar as turbulências.

Rollemberg já deu sinais claros de distensionamento, ao votar, apesar da orientação partidária contrária, a favor da flexibilização nas regras de superávit primário para evitar que o governo incorresse em crime de responsabilidade fiscal. Segundo aliados de Rollemberg, ele atuou não como senador pessebista, mas como governador eleito de um estado com um déficit de R$ 3,8 bilhões e que tentará, como adiantou o Correio ontem, um adiantamento de R$ 1 bilhão relativo à cota do Fundo Constitucional de fevereiro para fechar a folha de pagamentos do funcionalismo.

No campo político, Rollemberg acredita que poderá usar sua liderança interna na legenda e o fato de ser governador de uma unidade da Federação importante ; a capital da República ; para reconstruir canais de diálogos dos socialistas com o Palácio do Planalto. Ricardo Coutinho é outro interlocutor interessado nesse movimento, já que declarou explicitamente apoio a Dilma Rousseff no segundo turno. E Paulo Câmara, que perdeu o anteparo político de Eduardo Campos, tende também a seguir o caminho.

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