Naira Trindade
postado em 18/12/2014 11:53
Com uma hora de atraso e após pressão da oposição, o vice-presidente da CPMI que investiga os escândalos de corrupção na Petrobras, Gim Argello (PTB-DF), deu início, nesta quinta-feira (18/12), à última sessão, que vai votar o relatório final da comissão. É o segundo dia de tentativa de apreciar o parecer. Na quarta-feira (17/12), deputados e senadores tentaram reabrir a sessão às 22h após encerrada a ordem do dia nos plenários do Senado e da Câmara. Porém, um pedido de verificação de quorum fez com que a reunião fosse suspensa e adiada novamente.[SAIBAMAIS] Antes de iniciar a sessão na manhã de hoje, os deputados da oposição tentaram buscar parlamentares da base que estavam em uma reunião a portas fechadas na sala do Gim Argello. Segundo o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), havia quórum suficiente na sala do senador para somar aos dez parlamentares que já haviam assinado a lista de presença na comissão. ;Se transferirmos a sessão para lá, daria quórum;, ironizou Imbassahy. Até as 11h, dez congressistas haviam registrado presença na sessão.
Às 11h, deputados e senadores da base resolveram se juntar à CMPI da Petrobras. O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), iniciou a discussão afirmando que o relatório apresentado ontem (17/12) "não atende a oposição". Na seqüência, o líder Imbassahy frisou que ; apesar de o relatório não representá-los ; ;o mais importante era votá-lo e tornar pública a opinião de cada parlamentar em relação ao parecer;.
Leia mais notícias em Política
Um impasse tomou conta das discussões. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) rejeitou a proposta do presidente em exercício Gim Argello de dar seqüência à sessão do ponto em que foi encerrada ontem. Onyx queria que houvesse discussão do relatório. Houve gritaria e confusão. Senadores e deputados defenderam seus pontos de vista. Gim Argello definiu que três parlamentares da base e mais três da oposição teriam direito a discursar.
Em seguida, parlamentares devem votar o parecer apresentado pelo relator Marco Maia (PT-RS), que mudou seu relatório e resolveu indiciar 50 pelo escândalo na Petrobras depois que leu na semana passada a primeira versão apresentada sem indiciar nenhum envolvido no esquema de corrupção.