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Dilma promete luta contra a corrupção e ajuste sem afetar os mais pobres

No discurso de 40 minutos a presidente disse que aplicará medidas de ajuste econômico em resposta ao crescimento fraco nos quatro anos de seu primeiro governo

Agência France-Presse
postado em 01/01/2015 17:37
A presidente Dilma Rousseff prometeu em seu discurso de posse, nesta quinta-feira, investigar com rigor a corrupção na Petrobras, e anunciou medidas de ajuste para retomar o crescimento econômico sem afetar os programas sociais para os mais pobres.

[SAIBAMAIS]"Vamos apurar com rigor tudo de errado que foi feito (na Petrobras) e fortalecê-la cada vez mais. Vamos, principalmente, criar mecanismos que evitem que fatos como estes possam voltar a ocorrer", disse a presidente após prestar juramento no Congresso.

Dilma acrescentou que, ao mesmo tempo em que promoverá sanções contra os responsáveis pela enorme rede de corrupção descoberta na maior empresa brasileira, irá defendê-la de "predadores internos e de seus inimigos externos".

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"Temos, assim, que saber apurar e saber punir, sem enfraquecer a Petrobras nem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro. Não podemos permitir que a Petrobras seja alvo de um cerco especulativo dos interesses contrariados com a adoção do regime de partilha e da política de conteúdo local, que asseguraram ao nosso povo o controle sobre nossas riquezas petrolíferas", expressou.

Dilma, que cumprirá o segundo e último mandato consecutivo de quatro anos, foi além do caso da estatal e propôs "um grande pacto nacional contra a corrupção que envolve todas as esferas de governo e todos os núcleos de poder, tanto no ambiente público quanto no privado".

Neste sentido, prometeu enviar ao Congresso no primeiro semestre um pacote de cinco medidas para facilitar os processos e aumentar as penas para os corruptos.

"Em sua essência, essas medidas têm o objetivo de garantir processos e julgamentos mais rápidos e punições mais duras, mas jamais poderão agredir o amplo direito de defesa", antecipou.

Ajuste sem afetar ganhos sociais

Em seu discurso de 40 minutos, Dilma anunciou, ainda, que aplicará medidas de ajuste econômico em resposta ao crescimento fraco nos quatro anos de seu primeiro governo.

"Mais que ninguém, sei que o Brasil precisa voltar a crescer. Os primeiros passos desta caminhada passam por um ajuste nas contas públicas, um aumento na poupança interna, a ampliação do investimento e a elevação da produtividade da economia", assinalou.

Neste sentido, acrescentou: "Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população, em especial para os mais necessitados".

"No novo mandato, vamos criar, por meio de ação firme e sóbria na economia, um ambiente ainda mais favorável aos negócios, à atividade produtiva, ao investimento, à inovação, à competitividade e ao crescimento sustentável", indicou.

Além da corrupção e dos problemas econômicos, a presidente garantiu em seu discurso que a prioridade será a educação. "Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero", disse. "Gostaria de anunciar agora o novo lema do meu governo (...) Nosso lema será: ;Brasil, pátria educadora!'"

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